Monday, February 3, 2014

Reflexões de fome, de ego e de amor

Ali, aqui, lá, acolá, por todos os lados, todas as formas são e muitas as dores. Nem todos os Manacás são de fato flores, assim como nem todos os Urutaus são exímios cantores. Difícil é o lidar, a forma, o meio pelo qual se conduz e se estabelece a relação. Apesar de tudo, maravilhoso é o aprendizado, magníficos são os valores que por detrás do invisível se constroi. 
Ora pois que se diga a falácia de tais valores, ou que se defenda a evanescência dos mesmos. Pensamentos e sentimentos não faltarão para preencher o infinito espaço das razões e emoções, bem como o infindável das criações e ilusões. Alguns tupiniquins preferem seguir para fora, outros preferem observar o derredor, bem como há loucos tupiniquins que se acham suficientes para seguir adentro.
Nesse fluxo criado por tais verdadeiros criadores há o infinito aparecimento das verdades únicas, daquilo que se ora assume por absoluto e que tão cedo fenecerá quanto o doce aroma do Manacá. O que no entanto se ausenta para todos os verdadeiros criadores é a tal simples razão do apenas ser, sem que o seja.
Já dizia uma ave antiga, de roupagem muçulmana, uma tal ave que se dizia irmã do Urutau, que no turbilhão da vida nada importa, pois apesar das cores, aromas e verdades, tudo se perde, tudo se vai tal fluxo de águas no rio, restando apenas o que somos, sem o que éramos.
O engima, ou o paradoxo aqui é apenas para que se pense, com cuidado e com carinho, sem que se ofenda, que a necessidade maior não está em estar, mas no singelo ser. O ser que já dizia a canção, se desvendará pela própria mão, tão magnífico for a própria obra de sua criação, pois tal errante criatura, é em verdade o eterno criador.
Portanto, antes que nós, singelos tupiniquins, avancemos urgente se faz a parada no caminho, num doce momento de pensamento leve, simples despojamento daquilo com que estamos, para encontrar o que somos. O jovem tupiniquin por si entenderá que conforme for a caminhada o ódio não existirá, tão pouco o medo, tão pouco o desprezo, pois smples será a compreenção de que se apenas somos, então que importância há em como estamos, uma vez que esse estado só revela o que se sabe do que é. Simples assim, e também complexo assim, tão difícil quanto é a simplicidade da livre leveza do amor...

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