Início da nota.
Atualmente se podia ver entre os
vivos os pensamentos orbitantes. Tal qual satélites que giram em torno de um
centro de gravidade. Por lá se iam as imagens mentais e criações psíquicas, ao
entorno de cada indivíduo orbitando, como um registro do respectivo caráter de
cada um deles. Um registro claro e inegável do que havia de mais profundo na
mente encarnada, a tradução do real estado tão somente psíquico quanto
emocional.
As mentes em vigília, porém
dormentes, não se apercebiam de tais projeções. Lá elas ficavam, por tempo
indeterminado, gravitando e operando na faixa de frequência que lhe foram
impressas. Designadas unicamente para armazenar informação. A informação,
claramente é uma forma de energia, ou um estado, apenas uma possível condição
na qual a energia pode ser confinada.
A etérea constituição desses
satélites mentais não somente serviam como repositório de informação, mas
bolsões de memórias que somente num futuro distante a ciência iria reconhecer como
a verdadeira região da memória, distante dos raquíticos e incompletos conceitos
de sistemas químicos que tão fácil deterioram como tão fácil se perdem nas
fundamentais leis da termodinâmica. Sendo a desculpa biológica o princípio pelo
qual se adota na atual ciência a validade de tal explicação química para a
memória, tão somente material quanto incompleta.
Esses bolsões de memórias por lá
ficavam, vívidos, coloridos, tão sólidos quanto o mais denso estado que a luz
pode chegar, tão material que parecia congelar a luz no espaço. Assim, a
presença sólida dessas formas de pensamento, irradiações racionais de cunho
emocional, eram magneticamente enlaçadas ao seu criador. Mas de magnetismo
pouco havia, o que havia era um magnífico sistema wireless, algo tão simples
quanto genial.
A consciência encarnada parecia se
comunicar com suas criações por um sistema interno, uma rede sem fios que
operavam em uma frequência conhecida entre as partes, frequência essa que
respondia a qualquer terceiro que nela estivesse.
E assim os seres se comunicavam, se
adoravam, se amavam, se entretinham. Assim aquelas criaturas se aproximavam e
percebiam qual língua falar, como se comportar, pois que um inexplicável
fenômeno natural acontecia, uma tal telepatia que de sobrenatural nada teria,
se não fosse pela míngua capacidade daqueles seres de entenderem o universo.
E dentre essas observações viu-se um
indivíduo num dado lugar. Os instrumentos indicavam variações de ondas anômalas
ao redor do observado. Em rápida análise com os aparelhos que tínhamos,
percebemos que a consciência estava em vigília, porém acordada.
Observou-se que aquela mente estava
operante, padrões de frequência variados eram detectados em escalas que nos
surpreenderam. Valores impossíveis de serem matematicamente convertidos para a
ciência atual, pois somente no futuro as criaturas começarão a usar a
multidimensionalidade para cálculos dos mais simples.
Igualmente, fora constatado absoluta
ausência dos satélites ou formas de pensamento ao redor do tal indivíduo, ao
qual parecia evocar frequências específicas por tempos ritmados, apenas o
suficiente para congelar a luz frente a tela mental e por fim alterar a
ligação.
Por vezes se notava certa variação
abrupta, tal que as imagens mentais turvavam ao ponto de gemidos serem emanados
no ar em formas de ondas carregas de ruídos, algo como um caos harmônico.
Tal indivíduo fora estudado por um
tempo, concluindo-se que o fenômeno observado era por ele denominado “meditação”.
Por alguma razão, nesses momentos de “meditação” o indivíduo parecia varrer
dentro de si todas as frequências possíveis, de alguma forma limpando e
organizando as faixas vibracionais com o qual operava pouco antes do início da “meditação”.
O indivíduo ainda está sob
observações, futuras análises serão realizadas nas outras dimensões, conquanto sejam
todas as variáveis investigadas faz-se necessário uma análise temporal, isto é,
um acompanhamento sansárico.
Fim da nota.
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