Thursday, March 27, 2014

Uma enquete com o tupiniquin.

Fizeram uma enquete com esse tupiniquim hoje. Mesmo não sabendo a diferença entre “tupiniquin” e “tupiniquim” esse jovem indiozinho das terras de pindorama tentou responder algumas perguntas da maneira mais simples possível. Ao final do qual se observou dois pequenos textos que ele acreditou ser interessante aqui publicar. Em ordem para jogar uma ideia apenas, para se pensar e melhorar. O jovem indiozinho já avisa que a resposta dele não é a mais sábia, nem a mais certa, é apenas uma resposta que pode ser melhorada com a ajuda de todos, comentários construtivos são sempre bem vindos. Desde já o tão jovem índio perdoa-se pelos equívocos no português e talvez alguns neologismos, afinal, aqui fora escrito algo no calor dos pensamentos, sem se aprisionar às regras gramaticais para obter maior liberdade criativa de pensamento. Enfim, eis as perguntas e respostas:

- Quais os três tópicos que você possui mais envolvimento?

R.: Meio ambiente, Economia e Política e Cidadania. Esses três tópicos me interessam mais por serem estreitamente ligados, sendo praticamente impossível dissociá-los numa visão estratégica de longo prazo. Justamente por nossa cultura ser pautada no imediatismo político, que se foca no eleitoralismo, temos no geral uma baixa perspectiva de longo prazo e sim uma visão de curto prazo. O meio-ambiente, no que tange aos aspectos desde físicos (aí se incluem todas as ciências exatas e da terra e ciências da vida) até mesmo psíquico (de caráter humano e social), não é algo que se pauta em curtos intervalos de tempo. Quatro anos não é o suficiente para qualquer estratégia política, com reverberação econômica, atuante no ambiente físico e psíquico de uma sociedade. Em termos físicos a economia se beneficia grandemente do meio ambiente (através do uso dos serviços da natureza e 'n' outros recursos, sejam eles renováveis ou não). Portanto, uma política que controle e guie usos, direitos e deveres dos usuários (empresas públicas e privadas, pessoas física e jurídica) sobre o meio ambiente de maneira clara, sem dubialismos, é fundamental para assegurar o crescimento sustentável e sólido. Ao contrário do que se divulga na mídia e demais veículos de informação, a sustentabilidade é altamente lucrativa. Contudo, tornar essa visão realidade exige remodelagem das atuais estruturas políticas e econômicas de produção e consumo, exigindo assim uma reforma cultural do ambiente psíquico em que vivemos. Diretamente ligado a isso está a educação, o que é apenas um instrumento político. Muito além de combater lobbys e coligações gigantescas de partidos e empresas, há emergente necessidade de modificarmo-nos como nação, em sentido psíquico, isto é, cultural. Se somos uma democracia (Estado Democrático) seria apenas um erro culpar atuais políticos por qualquer acontecimento observado recentemente. Uma vez que os atuais representantes do povo, são a imagem e semelhança do mesmo, ainda que o "demos" (povo) esteja infeliz e consciente dos atuais problemas políticos, o mesmo se auto engana na própria cultura do "jeitinho", o qual nós brasileiros já nos orgulhamos tanto. Em conclusão, meio ambiente (físico e psíquico) como reflexo da educação, guiada por programas políticos, influem na economia de uma nação.

- Como você enxerga a participação do jovem na transformação do Brasil?

R.: Raquítica, a participação do jovem brasileiro, por vezes parece muito romântica, porém sem profundo efeito de longo prazo. Conquanto há alguma massa a se digladiar e oferecer o sangue por uma batalha inglória nas ruas, sentimos um certo "amortecimento" como resposta dos governos e lobbys. Contudo, a ação da massa, como sempre, gerará efeitos "aparentemente benéficos" a curto prazo. Esse mesmo curto prazo muito bem explorado no seio na sociedade brasileira que, como uma grande mãe que a tudo perdoa, acaba por perdoar as dores vividas e esquecer o passado. Sem contudo refutar a ação das massas, essa mesma bem vinda para colocar perguntas e propor discussões a nível nacional (algo que atinja até mesmo as crianças na pré-escola), creio que muito mais benéficas seriam ações organizadas, assim como o crime. O crime em nosso país é organizado e conciso, plenamente coeso e amalgamado em estratégias e táticas muito lúcidas. Em resumo, para se atingir uma participação efetiva é necessário união, organização e uma ação estratégica e lúcida, também. Não apenas um amontoado de jovens que lutam e derramam o sangue (o que me parte o coração) por algo inglório a longo prazo.

Nota: após ler os dois pequenos textos inflamados aí acima, convido-o a um bom café (ou chá se preferir) para pensar criticamente no que foi escrito. Até mesmo esse jovem índio releu o que escreveu e se auto criticou, observando em si mesmo alguns pontos fracos que levam ao autoritarismo. Devemos ter cuidado, com absolutamente tudo. Por favor, critiquem ao que estão lendo e a si mesmos. Que um dia possamos todos do canto do Urutau ouvir em perfeita serenata ao aroma de nosso amado Manacá. Que a vida não nos seja breve.

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