Tuesday, August 19, 2014

Admitir

Olá caros tupiniquins, eis um pequeno texto que me veio em mente tão rápido quanto se foi. Meu grande problema é que os textos aparecem em minha tela mental simplesmente, sem aviso prévio, sem qualquer sinal, eles vêm completos, prontos, perfeitos, mas nem sempre consigo tempo o suficiente para pegá-los e transcrevê-los e, no geral, o que tenho é um jogo de palavras, muitas vezes sem sentido algum, algumas vezes consigo concatenar as ideias e dar algum sentido ao texto. Enfim, por um instante em minhas rápidas higienes mentais eu havia me feito a pergunta sobre o motivo de minha tristeza interior e, tão rápido quanto fora minha pergunta, o texto abaixo veio-me como resposta:

Admitir que você é humano, portanto divino.
Admitir que você possui o potencial para crescer, portanto portador dos recursos para isso.
Admitir que você pode se perdoar, da mesma forma que você se culpou.
Admitir que você nunca será entendido até que se entenda, pois aquele que trabalha na confusão de si mesmo nunca será entendido.
Admitir, por isso, que todos os julgamentos que fizeram de você não foram verdadeiros.
Admitir que você não é um monstro que julgaram que fosse.
Admitir que você não é nada do que lhe disseram.
Admitir que você pode se desprender das mágoas e ofensas, pois elas estão em você tanto quanto você as deseja.
Admitir que você é para o outro não mais do que o outro é para ele mesmo, portanto se lhe intitularam arrogante era, pois, que seus intituladores eram arrogantes.
Admitir que você vê o outro não mais do que você vê a si mesmo, portanto se você condena alguém é, pois, que condena a si mesmo.
Admitir que você foi julgado por outros que, igualmente, julgavam-se.
Admitir que você foi amado por outros que, igualmente, amavam-se.
Admitir que você foi odiado por outros que, igualmente, odiavam-se.
Admitir que você errou com outros que, igualmente, erraram.
Admitir que você não é culpado de algo, mas que dentro das circunstâncias todos os envolvidos foram responsáveis.
Admitir que você não é mais importante que outro, mas iguais.
Admitir que você pode aprender pelos próprios erros, não se demore olhando com dor tudo o que já fez, olhe, sim, com ternura para os próprios erros buscando neles as lições que você poderia aprender.
Admitir que você estará sozinho sempre, portanto se dê o tempo para conhecer a si mesmo, não busque fugas para as próprias angústias.
Admitir que você terá muito trabalho sempre, portanto dê o melhor de si mesmo para cumprir com dignidade o trabalho sem nunca se glorificar por isso.
Admitir que você pode ser você mesmo.

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