Tuesday, May 27, 2014

Ridendo Castigat Mores - Rindo corrige-se os hábitos

Olá indiozinhos! Aqui vai um texto, fruto de profunda viagem. Não é preciso acreditar, não é preciso concordar, não é preciso nada disso. Se quiser ler, seja bem vindo, se não quiser ler, foi um prazer. Se encarar a leitura, saiba desde já, é apenas um raciocínio, não por isso certo, não por isso verdadeiro. Concorde se acreditar que faça sentido para você, discorde se acreditar que não faz sentido para você (ou se você realmente encontrar erros, pois podem existir). Seja livre, critique você mesmo, critique seus conhecimentos, critique o que lê. Mas não se esqueça, critique sem se humilhar, sem humilhar. Critique sem se agredir, sem agredir. Critique para se melhorar, para melhorar. Boa leitura.

Por que é difícil se livrar dos hábitos?

Por que estão internalizados no nosso subconsciente, onde, ainda não temos controle pleno. Não conseguimos ainda virar e falar: olha subconsciente agora você vai fazer “isso”.
Por isso os budistas falam tanto de meditação. Para os budistas não é possível, aliás, é impossível controlar o subconsciente. Mas eles entendem que é possível acessar o subconsciente e tornar-se mais consciente das atitudes dele. Existem muitas escolas no budismo, tem algumas que pregam o domínio do subconsciente, outras dizem que não.
O espiritismo, por exemplo, ele não prega o domínio do subconsciente, o espiritismo segue a mesma linha hindu de raciocínio. A oração espírita é a meditação. Aquela pausa de alguns minutinhos que se faz antes de iniciar uma oração.
Então, nessa pausa que se tem um momento para respirar e acalmar a mente. Mas é óbvio que não funciona (ehehehehehehehehe). Afinal, para acessar o subconsciente é preciso tempo e persistência. Pois ele é constituído de várias “camadas”. Freud dizia que mesmo durante o sono nós não chegamos ao nível do subconsciente facilmente. Jung pesquisou os níveis de sono, por exemplo, em casos de sono profundo, em que a pessoa acessa sonhos muito intensos, são níveis próximos do subconsciente.
O nosso subconsciente é a parte da mente que Buda diz ser um "macaco" sem controle, que foi alimentado por anos com tudo o que fizemos. Ele, o “macaco”, assume forma e identidade e reage conforme foi alimentado. Quando a pessoa resolve mudar, ela não pode jogar o “macaco” fora. Vai ter que reeducar...
O macaco não é um ser "sentimental". Os sentimentos pertencem a um outro nível.
Lembra que o espiritismo dizia que o universo se constitui de três elementos: espírito, mente e matéria universal. O espírito são os sentimentos que não necessariamente se relacionam com a mente. Nós encarnados, segundo o espiritismo, somos espírito e mente. Espírito é o que somos. Mente é o que temos. A mente é o corpo inteligente, não por isso sensível.
Então quando queremos mudar, seria os nossos sentimentos (naturalmente divinos) indicando o caminho, os quais sentimos e racionalizamos pelas camadas mais superficiais da mente (o consciente). A mente então deverá ser mudada por completo, mas imagine uma bola.
Não se transforma uma bola como mágica no toque de uma varinha de condão. Você tem que transformar a bola por meio de um trabalho. Imagine que seja uma bola de concreto. Essa bola de concreto é a mente. O ferramental para polir e moldar o concreto é tudo o que existe no universo.
Quem faz o trabalho é o espírito, ou seja, temos uma bola de concreto para moldar. Temos as ferramentas. Não podemos moldar a bola de concreto de dentro para fora. Então temos acesso ao nível superficial da mesma. E vamos entrando a medida que moldamos, mas entenda, todo esse processo é feito dentro do espírito. Pois a mente não está fora de nós, apesar de tê-la (ter algo nos dá a ideia de que o algo está fora de nós). Por isso se diz que a paz está dentro, não fora de nós. O divino está dentro, não fora de nós. Mas percebe que para acessar o divino precisamos do mundo também?
Por isso não adianta vir com o papinho de santo: "Óh abandonai a vida mundana, a paz está no interior, somos apenas espírito." Se fosse assim, tão simples, não estaríamos vivos. Estamos vivos para justamente fazer o trabalho sujo... reeducarmo-nos.
É por isso que querer mudar é normal, conseguir mudar é outra coisa. Conseguir mudar é trabalhar duro com você mesmo. Se o macaco interior, a nossa bola de concreto, não nos obedece, é simplesmente por que já estamos a milhares e milhares de vidas fazendo as coisas erradas.

E agora, temos que começar o trabalho difícil de polimento. E aí vem uma banda chamada "Coldplay" com a música "The scientist" e diz: "Nobody said it was easy..."

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