Wednesday, December 17, 2014

14 de Dezembro de 2014

Dando continuidade aos nossos trabalhos vamos agora contemplar nosso décimo quarto encontro com a presença da carta “A Temperança”, o Tarot nos reservou após a carta “A Morte” a sabedoria que devemos ter ao realizar esse processo da travessia.
Em nosso décimo terceiro encontro o cavaleiro da morte nos deixou a mensagem clara que nossa travessia haveria de ser realizada e podemos tirar daquilo a ideia de que aprenderemos a lição de nossos atos irremediavelmente. Portanto, para nos tornar o aprendizado efetivo, podemos contar com o anjo da Temperança, isto é, a décima quarta carta do Tarot.
Observem que ao fundo da carta vemos o sol a brilhar intesamente e um caminho que parece passar por entre as montanhas, esse cenário inspira duas interpretações. A primeira seria uma conexão com o mesmo cenário em que estávamos na carta anterior, “A Morte”. Pensando pelo lado de que estamos analisando o Tarot como uma sequência de fatos, como uma caminhada que se deu início pela queda de nós mesmos no precipício da vida. A segunda interpretação seria aquela de que a estrada ao fundo simboliza o caminho que deveremos seguir tendo em mente a mensagem do anjo da Temperança. Sendo preciso, então, entender essa mensagem dentro do possível.
Observem que o anjo da Temperança possui algo em comum com o anjo da superconsciência divina da carta “Os Enamorados”. Percebam que as asas dos anjos são em cores rosadas e alaranjadas (dando uma tonalidade avermelhada). Tais cores simbolizam o amor universal e são únicas de criaturas que conseguem conciliar e equilibrar a realidade de nosso mundo dual. Ao passo que a carta “Os Enamorados” nos deixava a ideia da bênção que há no equilíbrio das duas forças do espírito, a carta “A Temperança” nos deixa claro a bênção que há, também, no equilíbrio das duas realidades existentes (espírito e matéria).
Paciência, equilíbrio e moderação são necessários para o devido fluxo entre a subconsciência e a consciência. Isso é representado pela água que jorra de uma taça para a outra nas mãos do anjo da Temperança. Aqui, a mensagem mais forte que há é a do equilíbrio, fato também expresso pelo triângulo no peito do anjo, o símbolo da tríade que constitui nosso mundo. Essa tríade foi simbolizada através de centenas de expressões diferentes, sendo a mais conhecida entre os iniciados a ideia de equilíbrio entre o corpo físico, o corpo emocional e o corpo mental.
Em essência, meus amados, o anjo da Temperança nos dá a mensagem de que é preciso acessar a si mesmo com paciência, equilíbrio e amor. Sendo o viés dos sentimentos um caminho indicado por um dos pés do anjo que é mergulhado parcialmente nas águas calmas de um lago. Notem que o outro pé permanece em terra firme, indicando que apesar do encontro com os sentimentos profundos (a água) há a manutenção da racionalidade pacífica (o pé na terra em posição graciosa).
Essa parece ser uma carta muito branda, não concordam queridos leitores? Mas qual seria o motivo de tal brandura? Não pensem vocês que o Tarot vem para passar a mão em nossas cabeças e nos acolher como mães que acolhem os filhos. O Tarot vem sim nos deixar o que há de melhor e mais doce nas lições de nossa perene evolução, mas ao mesmo tempo alertar para o porvir. Daí o caminho rumo às montanhas, há algo por lá, há algo nas sombras daquelas montanhas, algo que veremos em nosso próximo encontro. Enfim meus amados, espero que vocês se dêem o devido tempo para contemplar a carta “A Temperança” e tirar dela as lições fundamentais para nossa jornada. Um grande abraço e nos vemos no décimo quinto encontro.

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