Wednesday, December 17, 2014

16 de Dezembro de 2014

Olá novamente meus amados. Cá estamos em nosso décimo sexto encontro, mais um atrasado de tantos outros. Sinceramente eu não sabia que escrever poderia me deixar tão cansado. Ao iniciar o projeto imaginava que colocar meu conhecimento para fora de maneira homeopática não seria tão exaustivo, mas me provou que ao contrário, durante o trabalho muito é realizado, mais do que eu mesmo previa.
Seja como for, depois desse primeiro parágrafo/desabafo, vamos falar um pouco da décima sexta carta das Arcanas Maiores do Tarot, sim, uma das poucas cartas que nos traz uma mensagem muitíssimo severa, trata-se da carta “A Torre”. Literalmente essa carta é uma alusão ao mito da torre de Babel, aquela mesma em que os homens orgulhosos queriam construir uma torre enorme que os levassem para o céu rumo à morada de Deus, mas aqueles mesmos homens foram castigados por Deus a falarem outras línguas e perderem-se de tal maneira na comunicação que a torre jamais fora concluída.
Claramente o mito bíblico traz uma ideia que deve ser explorada, não sendo por si mesmo um acontecimento real. Nunca houve em sentido literal homens que quisessem contruir a tal torre e um Deus para castigar quem quer que fosse por tal “afronta”. Bom, temos de lançar um novo olhar para o mito da torre e de cara a resposta é muito evidente.
No alto da torre visualizamos uma coroa enorme, um raio com destino certo (observe a seta) atinge o alto da torre fazendo dela cair a coroa como se fosse um pedaço de papel jogado. Da torre pulam duas figuaras humanas, sendo uma delas coroada e literalmente caindo em sentido certo para o esmagamento da coroa na caixa craniana. Sim, o cenário é tempestuoso e nada afável, não é todo dia que podemos ver duas figuras humanas se jogando do alto de uma torre em chamas buscando a própria morte ao invés de efrentar as chamas da torre, que não está desmoronando, para salvarem as próprias vidas.
Bom, o cenário em si resume uma palavrinha pequena e com três letrinhas, mas que já nos foi avisada desde nosso encontro com a carta “O Enforcado” para ser abandonada, ela não é mais necessária em nossa caminhada. Falamos da palavra Ego, mais uma vez vemos o cenário do ego represntado pela coroa, agora no alto da torre, esse mesmo que despenca na primeira tempestade da vida.
Haveria certa necessidade de pausarmos nossa análise e observarmos as múltiplas camadas daquilo que constitui o nosso “Eu”, persona, identidade ou consciência. Talvez, seria prudente investigarmos as camadas de nossa mente, no âmbito de entender o motivo de vermos tantos avisos para o abandono do Ego. Afinal, estamos sempre falando do mesmo Ego? Bom, a resposta é um veradeiro não.
Não, meus amados, não estamos falando do mesmo Ego desde que encontramos a carta “O Enforcado”. Estamos falando sim de vários níveis de nossa identidade, se assim posso me referir com o perdão de minha ignorância das ciências psíquicas. Poderíamos explorar três camadas principais que seriam exemplificadas como um núcleo da subconsciência, a camada média do Eu e a camada mais externa do Ego. Contudo, não devo entrar em detalhes quanto a isso, mas apontar para a questão de que, no presente momento, estamos falando do núcleo, isto é, do cerne de nosso sofrimento em vida.
Portanto observamos que na carta “A Torre” há três janelas em chamas. Essas três janelas simbolizam os três artifícios de nosso Ego para se manter na inércia. Falamos aqui de Orgulho, Obstinação e Medo. Haveria muito a ser falado sobre isso, mas com o intuito de reduzir muitas explicações eu deixarei um dever de casa, favor clicar aqui e ler o dever de casa.
Enfim meus caros tupiniquins. Os deixo com a não tão breve lição de leitura adicional na esperança de que vocês repensem a complicada questão do Ego e essas três ferramentas da ilusão. Um grande abraço e boas leituras.

No comments:

Post a Comment