Thursday, December 18, 2014

18 de Dezembro de 2014

Olá meus queridos. Finalmente chegamos ao ponto de equilíbrio por aqui. Depois de multiplos atrasos, os quais peço encarecidamente o devido perdão. Apesar dos atrasos, creio que nossos trabalhos não foram perturbados e vocês, amados e fieis leitores, são os grandes interessados nesse pequeno projeto. Afinal, como eu sempre digo, o interessante não é fazer o que todos fazem, o interessante é fazer nossa parte. Não vamos mudar o mundo, mas vamos contribuir de alguma forma dentro daquilo que entendemos e podemos servir.
Enfim, esse primeiro parágrafo dá entrada para a realidade de nosso décimo oitavo encontro com a carta “A Lua”. Obviamente estamos falando de fazer algo, tomar uma atitude, agir de alguma forma. Já nos despimos das ferramentas da ilusão e já entendemos como devemos agir, como a carta “A Estrela” nos mostrou. Devemos nos despir e agir com brandura, ternura, equilíbrio, honestidade e humildade.
Contudo, meus queridos tupiniquins, agir com essas qualidades parece não ser muito fácil. A carta “A Lua” nos mostra o que nos aflige. Percebam que há uma lagosta a sair das águas rasas de uma lagoa. Essa lagosta é um símbolo de nós mesmos como “consciências” que despertaram e saem do obscurantismo de si mesmas (o fundo do lago). A lagosta, é o símbolo do sígno de câncer (para o Tarot, ao passo que para a Astrologia o símbolo usado é o caranguejo).
O sígno de câncer é original das águas profundas ou mais escuras possíveis e são marcadamente apegados ao momento ou situação que vivem. Há um motivo muito claro para o apego das energias cancerianas, por exemplo, ao lar, à familia e à zona de conforto. O motivo está logo a frente, no caminho que se descortina, cercado por um lobo e um cão que uivam para a lua.
O cão e o lobo são símbolos das perturbações que existem pelo caminho e a lua é a própria representação das sombras de nós mesmos, das trevas de nossa subconsciência e de tudo aquilo que ocultamos de nós mesmos. Para a lagosta (o sígno de câncer), a sensação das próprias trevas é clara em sua linguagem natural (seja ela apenas sentimental, racional ou qual for). Portanto, para a lagosta, nossa consciência que acaba de despertar, o caminho que há para ser feito é um desafio não tão agradável.
É decisão única e exclusiva nossa de seguirmos o caminho aparentemente ameaçador. Percebam que ao longo do caminho há uma região, ao fundo, na qual se vêem duas torres, indicando mais uma vez a ideia da dualidade em nosso mundo, mas deixando também a noção de que após as duas torres, um outro caminho se iniciará, uma nova jornada começará e as águas rasas serão deixadas para trás, bem como toda a sorte de perturbação que a consciência possa vir a sofrer.
Seguir o caminho adiante é, talvez, a melhor escolha para nossa pobre lagosta, ainda que seja, também, a mais arriscada. Mas é preciso entender que a verdadeira renovação acontecerá através desse trilhar na qual se vence as próprias perturbações. O cão e o lobo não são apenas símbolos dos problemas do caminho, de coisas externas que nos ameaçam, mas são, sim, símbolos de nossa própria inquietação mental.
O símbolo da lagosta é, como disse, nossa consciência desperta que figura o sígno de câncer. Câncer tem por característica ímpar o poder da mente. Portanto, a carta “A Lua” encorpora esse traço mental de nossa própria caminhada. Nossa vivência nas energias de câncer nos dá a lição do que necessitamos para o despertar de nossa mente, para o enfrentar de nossas dores, para o continuar de nossa caminhada, para que finalmente cheguemos ao próximo nível, nossa próxima etapa.
Enfim meus amados, creio que esse resumo nos deixa algum material para pensar e já podemos descançar por aqui. Até nosso próximo encontro e um grande abraço para todos os que seguem carinhosamente esse blog. Vocês são, igualmente, a razão de tudo isso.

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